Não há melhor soporífero para a debandada geral dos nossos sonhos, principalmente quando parece que o chão estremece e foge, do que o trazer à tona a memória de dias felizes. Pois, eu sei, são aqueles dias que nunca mais voltam, quer por força das contingências do calendário, ou das próprias circunstâncias da nossa existência, mas é inegável contrariar aquele dito que, se o coração for uma fortaleza inexpugnável, podemos vivenciar tudo aquilo que de bom já experimentámos, sempre que quisermos.
Sei que ultimamente tenho-me refugiado numa onda nostálgica algo tempestuosa, mas talvez fosse bem pior se eu me refugiasse em outras coisas menos recomendáveis a até físicas, que pudessem, ou não, colocar terceiros no prato da balança das minhas emoções, para colocar novamente nos píncaros os meus índices de confiança e motivação, mas não sei se já estou de novo preparada para tal passo.
Em mais uma cerimónia dos Óscares, a Red Carpet acabou por despertar a minha atenção até porque, como se veio a verificar, não aguardava grandes surpresas no que diz respeito aos prémios, apesar de terem acontecido. Ficam então os meus destaques, no que diz respeito aos vestidos, de mais uma cerimónia plena de glamour e bom gosto!
Scarlett Johansson ficou muito gira neste vestido cinza e prateado cheio de detalhes preciosos, que parecem ter tudo a ver com a sua personalidade irreverente e divertida. Sendo um dos vestidos mais curiosos desta Red Carpet, é também um dos que melhor casou com a personalidade de quem o vestiu. Um dos meus preferidos!
Idina Menzel ficou uma verdadeira musa neste vestido que combina, na perfeição, com a sua personalidade introvertida e algo misteriosa, mas bastante glamourosa. Se houve um vestido na Red Carpet que parece ter sido feito mesmo propositadamente para a ocasião foi este trapinho absolutamente deslumbrante e que do decote aos detalhes, passando pelas variações de tonalidades neutras, deixou-me boquiaberta!
A sempre esbelta Margaret Qualley não deixou os seus créditos em mãos alheias (ou corpo alheio), embrulhada neste espetacular vestido, cheio de extraordinários detalhes e que fizeram dela uma verdadeira rainha cheia de glamour. Foi um dos looks mais bem conseguidos, sem dúvida!
Um dos trapinhos mais irreverentes e sensuais da Red Carpet deste ano e que acabou por favorecer que o usou, além de destacar a sua personalidade foi este de Adriana Lima, uma das atrizes mais talentosas da atualidade e que acaba por potenciar todos os atributos do vestido que usou.
Kylie Jenner deslumbrou, talvez em demasia, com o tecido de um vestido que mostrou uma das grandes tendências dos últimos anos e que adoro, o cai cai, mas não com este formato e este corte demasiado curvilíneo. Desiludiu-me imenso até porque coloco sempre enormes expetativas no seu trapinho.
Whitney Cummings costuma ser uma das atrizes que melhor sabe destacar a sua feminilidade, fazendo-o desta vez num lindíssimo vestido vermelho que destaca todos os seus atributos. Mas acho que exagerou um pouco naquele efeito no decote. Mesmo assim, um dos meus preferidos, sem dúvida!
O exotismo também se pode manifestar na simplicidade e o de Ella Balinska ficou bem patente no sedutor encanto de um vestido com um corte magnífico, mas que dispensava, claramente, aquela sequência de tons de azul e roxo. Mas o trapinho é, realmente, qualquer coisa...
Eiza González raramente desilude e a brilhante simplicidade do corte deste vestido dourado demonstram-o mais uma vez. O meu preferido... Simplesmente fabuloso!
Acho que esta exuberância de Suki Waterhouse não se adequa a uma Red Carpet oscariana e, por isso, não gostei desta escolha curiosa, que me pareceu algo vulgar. O próprio corte do vestido não a favorece particularmente. Mas os brincos são lindíssimos, admito!
Nicole Richie mostrou-me dois pólos completamente opostos, relativamente ao que se pode observar numa cerimónia deste género... Um tecido deslumbrante, rico, intensamente feminino e maravilhoso e que serviu para fazer um vestido que tinha tudo para ser um dos destaques maiores da cerimónia, mas que se espalhou ao comprido naquela cauda arrepanhada mesmo por cima do traseiro... Foi pena!
Adoro este tipo de vestidos e a Rosie Huntington-Whiteley ficou lindíssima. O efeito do tecido nas mangas é delicioso e o decote é espetacular, perfeito para as suas medidas, assim como o corte retilíneo. Talvez tenha faltado ali um colar... Seja como for... Fabuloso!
Kate Hudson disparatou neste cortinado que afiambrou de um qualquer castelo medieval italiano e que resolveu mandar costurar, até com um certo encanto e uma interessante dose de criatividaer, mas a verdade é que com aquele tecido pouco havia a fazer, na minha opinião... Detestei!
Adorei o tom e corte deste trapinho da Lily Aldridge, que só peca por ter ousado um pouco demais naquele detalhe lateral. Mesmo assim, para ele tenho apenas uma palavra... Fantástico!
Hailey Bieber surpreendeu-me com este vestido que, apesar de ter alguns detalhes fabulosos, não valoriza particularmente a sua silhueta. A transparência e a abertura demasiado arrojada acabam por tornar um pouco vulgar o resultado final, já que, quanto a mim, mostra de modo pouco sensual algumas das partes do seu corpo.
Kerry "Cleópatra" Washington pecou num detalhe... Esqueceu-se do baú dos répteis.
Madelein Petsch apostou no veludo, tecido que adoro, mas que, neste caso específico, pecou pelo exagero da abertura da cintura para baixo. Adorei a cor e os detalhes bordados. As sandálias são fabulosas!
Como seria de esperar, Sofia Vergara foi uma das musas maiores da passadeira deste ano. Apesar do déficit de arrojo, este vestido não deixa de exaltar todas as suas curvas, além de ser extremamente feminino e glamouroso, devido ao corte e à fluidez do tecido. Não faz particularmente o meu género, mas adorei o resultado porque acho que se adequa à personalidade da atriz.
No tom do tecido, na vulgaridade do corte nos detalhes metálicos, Maude Apatow seguiu uma das tendências atuais, mas não gostei nada do efeito final. Uma das minhas maiores desilusões.
São já inúmeros os artigos que esmiuçam na web todos os detalhes dos trapinhos que desfilaram na última edição dos Golden Globe Awards, a septuagésima sétima, que se realizou na passada semana na cidade dos anjos, na Califórnia e que teve como grandes vencedores os filmes 1917, The Irishman e Once Upon a Time... In Hollywood.
Não vou fazer mais uma listagem exaustiva e analítica do que foi passando pela passadeira vermelha ao longo da noite. Apresento apenas o meu best e worst. Quais foram os vossos?
Numa época em que muitas das tendências de moda que prometem fazer sucesso neste outono e inverno já apareceram em coleções anteriores, inclusive em catálogos e passerelles de primavera e verão e numa altura em que a fronteira entre as várias estações do ano é cada vez menos estanque, algo que eu não associo à questão das alterações climáticas mas antes à cada vez maior emancipação do nosso sexo que, como seria de esperar, aumentou a temperatura global do planeta em que vivemos, uma das minhas tendências preferidas são as blusas de cetim ou de seda, mas também com tule e organza e outros tecidos delicados. São blusas e camisas cortadas em formas soltas com decotes suaves e sobreposição de diferentes tecidos e com uma aposta clara nas mangas volumosas.
Esta tendência vai de encontro aquilo que é a generalidade nos dias de hoje, mais concretamente o revivalismo de uma certa extravagância que marcou a nossa adolescência e juventude nos anos gloriosos anos oitenta e noventa. Eis algumas sugestões... Gostas desta tendência?
Não há meio de conter a minha obsessão quase incontrolável pelo gosto do detalhe exótico encaixado no meio da simplicidade, quando me visto... Aquele detalhe que altera radicalmente a imagem inicial e que define a ténue fronteira entre a vulgaridade e o pleno charme e o bom gosto!
Não é fácil encontrar muitas vezes o pormenor que provoca o balanço entre os dois opostos, sem o risco de se poder resvalar para a desnecessária excentricidade ou a mais vulgar parolice, ou então ficar numa monotonia que chateia pelo tédio e pela ausência de originalidade. E muitas vezes, o modo como cada um de nós faz as suas opções no que diz respeito a esses detalhes, acaba por ser o arquétipo daquilo que é a sua imagem de marca e que nos confere um cunho muito próprio e identitário.
Concretizando a minha toeria, pessoalmente adoro usar algo que tenha algum brilho, mesmo que não seja uma jóia cara. E tu, qual é o detalhe exótico que imprime a tua assinatura?
Nunca fui de alimentar meios termos ou de fomentar o limbo, nem nunca permiti, em consciência, que se deixassem as coisas por fazer ou de modo a suscitar, por não terem um epílogo, feliz ou infeliz, um vaivém constante. Gosto de pensar que não gosto de deixar nada ao acaso e, por isso, também abomino teorizar ou praticar situações na minha vida que possam analisadas à luz daquela famosa permissa do copo meio cheio ou meio vazio.
Assim, se na minha existência e nas minhas relações pessoais gosto de tomar as rédeas e ser decidia, nos vestidos, acabo por, claramente, personificar este minha maneira de ser. Assim, ou o trapo fica por ali, meio palmo acima do joelho (ou até um bocadinho mais acima... dependendo da circunstância e do meu objetivo nesse momento, se é que me entendem!), ou então levo a baínha até bem cá abaixo, até roçar o chão que piso. Ficam alguns dos vestidos longos que mais me fascinaram ultimamente...
Em mais uma cerimónia dos Óscares, a Red Carpet acabou por despertar a minha atenção até porque, como se veio a verificar, não aguardava grandes surpresas no que diz respeito aos prémios. Ficam então os meus destaques, no que diz respeito aos vestidos, de mais uma cerimónia plena de glamour e bom gosto!
Elisabeth Moss mostrou-me dois pólos completamente opostos, relativamente ao que se pode observar numa cerimónia deste género... Um tecido deslumbrante, rico, intensamente feminino e maravilhoso e que serviu para fazer um vestido que tinha tudo para ser um dos destaques maiores da cerimónia, mas que se espalhou ao comprido naquele cinto... Foi pena!
Um dos trapinhos mais irreverentes da Red Carpet deste ano e que acabou por favorecer que o usou, além de destacar a sua personalidade foi este de Kevin Mazur Rita Moreno, uma das atrizes mais talentosas da atualidade e que acaba por potenciar todos os atributos do vestido que usou.
Nicole Kidman deslumbrou, talvez em demasia, com o tecido de um vestido que mostrou uma das grandes tendências dos últimos anos e que adoro, o cai cai, mas não com este formato e este corte demasiado retro. Desiludiu-me imenso até porque coloco sempre enormes expetativas no seu trapinho.
Acho que esta exuberância de St. Vincent não se adequa a uma Red Carpet oscariana e, por isso, não gostei desta escolha curiosa da cantora, que me pareceu algo vulgar. O próprio corte do vestido não a favorece particularmente. Mas os sapatos são lindíssimos, admito!
Kelly Marie Tran costuma ser uma das atrizes que melhor sabe destacar a sua feminilidade, fazendo-o desta vez num vestido que destaca todos os seus atributos. Mas acho que exagerou um pouco no decote.
De volta ao vermelho, adoro este tipo de vestidos e a Allison Janney ficou lindíssima. A fluidez do tecido nas mangas abaixo do joelho é um pormenor muito feminino e o decote é espetacular, perfeito para as suas medidas, assim como a pequena cauda. Quanto ao colar, não consigo imaginá-lo com outro look... Fabuloso!
A Gina Rodriguez é já uma veterana destas andanças e raramente faz opções erradas. A cor e os detalhes do tecido deste vestido são muito bonitos e o resultado final, sem deslumbrar, ficou fantástico!
Greta Gerwig ficou muito gira neste vestido amarelo cheio de detalhes preciosos, que parecem ter tudo a ver com a sua personalidade irreverente e divertida. Sendo um dos vestidos mais curiosos desta Red Carpet, é também um dos que melhor casou com a personalidade de quem o vestiu.
Margot Robbie ficou uma verdadeira musa neste vestido que combina, na perfeição, com as estatuetas. Se houve um vestido na Red Carpet que parece ter sido feito mesmo propositadamente para a ocasião foi este trapinho absolutamente deslumbrante e que do decote aos detalhes, passando pelo tom, deixou-me boquiaberta!
Lupita Nyiong'o raramente desilude e os detalhes brilhantes e o corte deste vestido dourado e preto demonstram-no mais uma vez. Simplesmente fabuloso!
O exotismo de Jennifer Lawrence ficou bem patente no sedutor encanto de um vestido que dispensava, claramente, aquela sobreposição na parte da saia. Mas o trapinho é, realmente, qualquer coisa...
A sempre esbelta Allison Williams não deixou os seus créditos em mãos alheias (ou corpo alheio), embrulhada neste espetacular vestido, cheio de extraordinários detalhes e que fizeram dela uma verdadeira rainha cheia de glamour. Foi um dos looks mais bem conseguidos, sem dúvida!
Zendaia deslumbrou neste espetacular vestido castanho Kevin Mazur, que surpreende pela mistura feliz entre arrojo, feminilidade e simplicidade. Amei!
Adorei o tom e corte deste trapinho da Eiza González, que só peca por não ter ousado um pouco mais no decote. Mesmo assim, para ele tenho apenas uma palavra... Fantástico!
Lindsey Vonn surpreendeu-me com este vestido, que apesar de ter alguns detalhes fabulosos, não valoriza particularmente a sua silhueta, assim como a cor. A transparência aos quadradinhos acaba por tornar um pouco vulgar o resultado final, já que, quanto a mim, mostra de modo pouco sensual algumas das partes do seu corpo.
Como seria de esperar, Taraji Henson foi uma das musas maiores da passadeira deste ano. Apesar de volumoso, este vestido não deixa de exaltar todas as suas curvas, além de ser extremamente feminino e glamouroso, devido às transparências e à sobreposição de tecidos. Não faz particularmente o meu género, mas adorei o resultado porque acho que se adequa à personalidade da atriz.
Janet Mock deslumbrou com este vestido branco cheio de detalhes lindíssimos, em especial na cauda, mas a sobreposição nas costas retirou ao trapinho algum do encanto.
Este Frazer Harrisson azul da Jennifer Garner tem tanto de ousado como de inusitado. Adorei a sobreposição de tecidos, mas retirava a alça e a cauda, substituindo pelo simples cai cai.
No tom do tecido e nos detalhes metálicos, Salma Hayek seguiu uma das tendências atuais, mas não gostei nada dos folhos da parte de baixo do vestido. Uma das minhas maiores desilusões.
Para minha enorme satisfação, a saia-lápis continua na ordem do dia no que diz respeito às tendências mais in para as próximas duas estações mais quentes. A recordar os anos cinquenta e o glamouroso pin-up style, querem-se conjugadas com um baton encarnado e, de preferência, com uma blusa justa e cintada, criando assim, na minha opinião, o outfit perfeito para quem quiser sentir-se poderosa, altiva e confiante,
A grande novidade das mais recentes propostas para saias-lápis acabam por ser os padrões e o material com que as saias lápis aparecem agora. Deixam de ser uma peça com uma só cor e tecido, onde o cinza e o preto eram predominantes, para poderem ser usadas com os mais diversos padrões, simétricos ou assimétricos, bordadas ou estampadas com motivos abstratos os definidos e feitas com também com plástico e outros materiais sintéticos, além da habitual fazenda. És fã de saia-lápis? Pensas aderir a esta tendência?!
Confesso que sinto um certo fascínio pelo universo da Marvel Comics e Margaret Peggy Carter, a namorada do Capitão América, é uma das minhas musas inspiradoras. Criada por Stan Lee e Jack Kirby tem sido interpretada nos últimos filmes da Marvel por Hayley Atwell, uma atriz e modelo inglesa mas com nacionalidade americana.
Na última e sexagésima primeira edição dos prémios London Film Festival Awards Hayley surgiu deslumbrante com um espectacular trapinho Suzanne Neville. Confesso que fiquei a roer-me de inveja deste vestido, um modelo chamado Lorena. Já agora neste link podes ver alguns dos vestidos de noite da mais recente coleção desta fabulosa estilista. Qual é o teu preferido?