No último fim-de-semana tivemos a oportunidade de assistir a um evento no nosso país, apenas comparável à passagem pelo nosso planeta de um daqueles cometas com nomes de código com números e letras que dão um jeitaço a quem tem pouca imaginação a escolher passwords e que, de tempos a tempos, tornam-se protagonistas de abertura de telejornais e deixam a malta da astronomia, e não só, com calafrios no peito e cócegas em locais que agora não importa certamente especificar e, muito menos, tentar adivinhar.
Já agora, e fazendo um parentêsis, sempre achei o pessoal da astronomia e do espaço um bocado estranho, confesso. Principalmente desde que namorei com um fulano que era estudante de um curso da área e que, nos seus momentos de gabarolice extrema, que um belo par de olhos castanhos ampliava e quase que conseguia convencer, tinha a mania de se gabar que, só com um dedo, era capaz de me levar a galáxias distantes. Uma ou outra vez confesso que lá fiz de conta que ele estava a ser bem sucedido na sua espinhosa tarefa, mas a verdade é que tudo não passou de uma barrigada de publicidade enganosa. Como os cometas, se calhar... Dizem que têm tesouros escondidos, que está neles a salvação energética do futuro do nosso planeta, mas se calhar não passam de bolas incandescentes de poeira cósmica inconsequente.
Adiante... Voltando ao que interessa, infelizmente não fui convidada para o cagamento real, mas em sonhos estive lá, bem presente e até fui protagonista, como seria de esperar, ou não estivesse num sonho, da animação pós jantar. Nesse sonho bastante estranho, diga-se, vestia algo parecido com isto... E tu, se tivesses sido convidada, que look usarias?
Estás a poucos minutos de sair de casa, procuras inspiração para o teu look e não sabes muito bem para qual dos dois lados te hás-de virar... Nunca vos aconteceu tal indefinição? Como acabam por desempatar?
O verão virou-nos costas recentemente, apesar destes dias recentes mais soalheiros e aconchegantes e este tem sido o período ideal para revolver o closet e colocar na linha da frente do gavetório os nossos trapinhos mais quentes e adequados para a estação do ano mais fria que se aproxima a passos largos. Geralmente, essa tarefa traz consigo decisões de compra de alguns artigos que percebemos que estão em falta no nosso cardápio e que são um verdadeiro must in, no que diz respeito a tendências da moda atual.
Assim, por aquilo que tenho percebido das coleções que já espreitei, neste inverno os tons monocromáticos que costumam fazer furor nas estações mais frias e em que a natureza se apresenta menos colorida, continuam presentes, mas vão fazer-se acompanhar de uma enorme versatilidade em termos de cores. Neste inverno onde parece que tudo vale, será também obrigatório que os tecidos tenham brilho, além da tal variedade cromática. Laranja e magenta são dos tons que mais se encontram nas monstras, assim como o vermelho fogo e o azul elétrico.
A pele também é uma tendência declarada nas novas coleções, não só em casacos e saias, mas também os acessórios, mas sempre de origem sintética. Consequentemente, estampados a recordar animais, principalmente selvagens, estão também na ordem do dia. Em termos de combinação das peças e do corte, a jovialidade e a liberdade dos anos noventa, uma época marcada por algum exagero e exuberância e de onde sobressaíam jeans coloridos, blusas transparentes e vários tipos de aplicações e cores nas saias, foi inspiração para muitas coleções que combinam um estilo urbano e clássico, passando pela ganga e por peças confortáveis em tricot e malha e terminando nos padrões intemporais como o xadrez, o floral ou o já referido padrão animal.
Ah... não nos podemos esquecer das máscaras, o acessório improvável para a próxima estação e que obedece a toda esta exuberância e versatilidade. Também elas acompanham as tendências, devendo combinar com o restante look.
Que achas das novas coleções para o inverno que se aproxima? Identificas-te com alguma tendência?
Em mais uma cerimónia dos Óscares, a Red Carpet acabou por despertar a minha atenção até porque, como se veio a verificar, não aguardava grandes surpresas no que diz respeito aos prémios, apesar de terem acontecido. Ficam então os meus destaques, no que diz respeito aos vestidos, de mais uma cerimónia plena de glamour e bom gosto!
Scarlett Johansson ficou muito gira neste vestido cinza e prateado cheio de detalhes preciosos, que parecem ter tudo a ver com a sua personalidade irreverente e divertida. Sendo um dos vestidos mais curiosos desta Red Carpet, é também um dos que melhor casou com a personalidade de quem o vestiu. Um dos meus preferidos!
Idina Menzel ficou uma verdadeira musa neste vestido que combina, na perfeição, com a sua personalidade introvertida e algo misteriosa, mas bastante glamourosa. Se houve um vestido na Red Carpet que parece ter sido feito mesmo propositadamente para a ocasião foi este trapinho absolutamente deslumbrante e que do decote aos detalhes, passando pelas variações de tonalidades neutras, deixou-me boquiaberta!
A sempre esbelta Margaret Qualley não deixou os seus créditos em mãos alheias (ou corpo alheio), embrulhada neste espetacular vestido, cheio de extraordinários detalhes e que fizeram dela uma verdadeira rainha cheia de glamour. Foi um dos looks mais bem conseguidos, sem dúvida!
Um dos trapinhos mais irreverentes e sensuais da Red Carpet deste ano e que acabou por favorecer que o usou, além de destacar a sua personalidade foi este de Adriana Lima, uma das atrizes mais talentosas da atualidade e que acaba por potenciar todos os atributos do vestido que usou.
Kylie Jenner deslumbrou, talvez em demasia, com o tecido de um vestido que mostrou uma das grandes tendências dos últimos anos e que adoro, o cai cai, mas não com este formato e este corte demasiado curvilíneo. Desiludiu-me imenso até porque coloco sempre enormes expetativas no seu trapinho.
Whitney Cummings costuma ser uma das atrizes que melhor sabe destacar a sua feminilidade, fazendo-o desta vez num lindíssimo vestido vermelho que destaca todos os seus atributos. Mas acho que exagerou um pouco naquele efeito no decote. Mesmo assim, um dos meus preferidos, sem dúvida!
O exotismo também se pode manifestar na simplicidade e o de Ella Balinska ficou bem patente no sedutor encanto de um vestido com um corte magnífico, mas que dispensava, claramente, aquela sequência de tons de azul e roxo. Mas o trapinho é, realmente, qualquer coisa...
Eiza González raramente desilude e a brilhante simplicidade do corte deste vestido dourado demonstram-o mais uma vez. O meu preferido... Simplesmente fabuloso!
Acho que esta exuberância de Suki Waterhouse não se adequa a uma Red Carpet oscariana e, por isso, não gostei desta escolha curiosa, que me pareceu algo vulgar. O próprio corte do vestido não a favorece particularmente. Mas os brincos são lindíssimos, admito!
Nicole Richie mostrou-me dois pólos completamente opostos, relativamente ao que se pode observar numa cerimónia deste género... Um tecido deslumbrante, rico, intensamente feminino e maravilhoso e que serviu para fazer um vestido que tinha tudo para ser um dos destaques maiores da cerimónia, mas que se espalhou ao comprido naquela cauda arrepanhada mesmo por cima do traseiro... Foi pena!
Adoro este tipo de vestidos e a Rosie Huntington-Whiteley ficou lindíssima. O efeito do tecido nas mangas é delicioso e o decote é espetacular, perfeito para as suas medidas, assim como o corte retilíneo. Talvez tenha faltado ali um colar... Seja como for... Fabuloso!
Kate Hudson disparatou neste cortinado que afiambrou de um qualquer castelo medieval italiano e que resolveu mandar costurar, até com um certo encanto e uma interessante dose de criatividaer, mas a verdade é que com aquele tecido pouco havia a fazer, na minha opinião... Detestei!
Adorei o tom e corte deste trapinho da Lily Aldridge, que só peca por ter ousado um pouco demais naquele detalhe lateral. Mesmo assim, para ele tenho apenas uma palavra... Fantástico!
Hailey Bieber surpreendeu-me com este vestido que, apesar de ter alguns detalhes fabulosos, não valoriza particularmente a sua silhueta. A transparência e a abertura demasiado arrojada acabam por tornar um pouco vulgar o resultado final, já que, quanto a mim, mostra de modo pouco sensual algumas das partes do seu corpo.
Kerry "Cleópatra" Washington pecou num detalhe... Esqueceu-se do baú dos répteis.
Madelein Petsch apostou no veludo, tecido que adoro, mas que, neste caso específico, pecou pelo exagero da abertura da cintura para baixo. Adorei a cor e os detalhes bordados. As sandálias são fabulosas!
Como seria de esperar, Sofia Vergara foi uma das musas maiores da passadeira deste ano. Apesar do déficit de arrojo, este vestido não deixa de exaltar todas as suas curvas, além de ser extremamente feminino e glamouroso, devido ao corte e à fluidez do tecido. Não faz particularmente o meu género, mas adorei o resultado porque acho que se adequa à personalidade da atriz.
No tom do tecido, na vulgaridade do corte nos detalhes metálicos, Maude Apatow seguiu uma das tendências atuais, mas não gostei nada do efeito final. Uma das minhas maiores desilusões.
Ainda não terminaram os saldos e o rigoroso inverno mantém-se altivo e confiante, mas já sobra a vontade de colocar na linha da frente do nosso closet alguns trapinhos novos, ou outros que a nossa carteira possa patrocinar, e que estejam de acordo com algumas das principais tendências das próximas estações quentes que se aproximam, a primavera e o verão.
E por cá, daquilo que tenho conseguido espreitar das novas coleções, já percebi que peças de cabedal coloridas, coletes de malha, collants de padrões e cores de todo o género e feitio e os chamados smock dresses, serão peças obrigatórias para quem quiser estar de acordo com aquilo que dita a ditadura da moda.
De todas estas tendências, a minha preferência vai, naturalmente, para os smock dresses (vestidos avental ou vestidos bata). Adoro! Fluídos e hiper-confortáveis, são, geralmente, frescos e ideais para as temperaturas altas do dia e as mais refrescantes da noite. Soltinhos e leves, combinam na perfeição com chapéus e sandálias ou chinelas.
São, pois, vestidos cujas caraterísticas lhes dão uma versatilidade única, já que tanto os podemos levar para o trabalho, para um passeio pela cidade, um piquenique no campo ou para aquela sunset party de última hora. És adepta deste género de vestidos? Ficam algumas sugestões...
São já inúmeros os artigos que esmiuçam na web todos os detalhes dos trapinhos que desfilaram na última edição dos Golden Globe Awards, a septuagésima sétima, que se realizou na passada semana na cidade dos anjos, na Califórnia e que teve como grandes vencedores os filmes 1917, The Irishman e Once Upon a Time... In Hollywood.
Não vou fazer mais uma listagem exaustiva e analítica do que foi passando pela passadeira vermelha ao longo da noite. Apresento apenas o meu best e worst. Quais foram os vossos?
Malhas... confesso que não são propriamente a minha praia e que a minha pele é um pouco avessa e matreira, mas não há como fugir a elas nas tendências para a estação mais fria que está a iniciar. Aliás, na última edição da Moda Lisboa, por exemplo, foram presença constante nos desfiles, com particular destaque para as coleções apresentadas por Fendi, Michael Kors, Haider Ackermann e tantas outras, em que esta matéria-prima foi rainha.
Assim, casacos, vestidos, camisolas, sweaters, mas também os já habitué gorros, luvas e cachecois, querem-se feitos de malha no próximo inverno e, uma das grandes novidades, é que não têm de ser só em tons de branco, cinza, beije, castanho, ou preto, as cores habituais das malhas. Quanto mais coloridas e estampadas forem as peças e as malhas que uses, com destaque para o xadrez, mais de acordo com a tendência ficarás. És fã?
Uma das minhas tendências atuais de eleição são as saias de couro ou de pele. Curtas, compridas, pelo joelho, plissadas, justas, efeito evasé, fluídas, pretas, coloridas, estampadas ou lisas, de certo modo vale tudo e eu gosto de (quase) tudo. Praticamente todas as grandes marcas têm lindíssimas propostas de modelos, assim como as mais acessíveis, que encontramos em qualquer centro comercial em que gostamos de desfilar esporadicamente (muitas vezes).
Estas saias acabam por ser bastante versáteis já que além de se adaptarem facilmente a qualquer ocasião, mais formal ou descontraída, também são fáceis de combinar com outras peças, feitas dos mais diversos tecidos, quer sejam tops, camisolas ou blusas, mas também com o mais variado tipo de calçado, desde o belo do salto alto, até à sapatilha mais confortável. Que achas desta tendência... és fã?
Numa época em que muitas das tendências de moda que prometem fazer sucesso neste outono e inverno já apareceram em coleções anteriores, inclusive em catálogos e passerelles de primavera e verão e numa altura em que a fronteira entre as várias estações do ano é cada vez menos estanque, algo que eu não associo à questão das alterações climáticas mas antes à cada vez maior emancipação do nosso sexo que, como seria de esperar, aumentou a temperatura global do planeta em que vivemos, uma das minhas tendências preferidas são as blusas de cetim ou de seda, mas também com tule e organza e outros tecidos delicados. São blusas e camisas cortadas em formas soltas com decotes suaves e sobreposição de diferentes tecidos e com uma aposta clara nas mangas volumosas.
Esta tendência vai de encontro aquilo que é a generalidade nos dias de hoje, mais concretamente o revivalismo de uma certa extravagância que marcou a nossa adolescência e juventude nos anos gloriosos anos oitenta e noventa. Eis algumas sugestões... Gostas desta tendência?
Nunca fui de alimentar meios termos ou de fomentar o limbo, nem nunca permiti, em consciência, que se deixassem as coisas por fazer ou de modo a suscitar, por não terem um epílogo, feliz ou infeliz, um vaivém constante. Gosto de pensar que não gosto de deixar nada ao acaso e, por isso, também abomino teorizar ou praticar situações na minha vida que possam analisadas à luz daquela famosa permissa do copo meio cheio ou meio vazio.
Assim, se na minha existência e nas minhas relações pessoais gosto de tomar as rédeas e ser decidia, nos vestidos, acabo por, claramente, personificar este minha maneira de ser. Assim, ou o trapo fica por ali, meio palmo acima do joelho (ou até um bocadinho mais acima... dependendo da circunstância e do meu objetivo nesse momento, se é que me entendem!), ou então levo a baínha até bem cá abaixo, até roçar o chão que piso. Ficam alguns dos vestidos longos que mais me fascinaram ultimamente...