Recentemente tive a oportunidade de comprovar a já lendária fama de uma companhia de aviação low cost, que eu prefiro não enunciar, porque a publicidade paga-se. Essa fama está relacionada com as aterragens atribuladas com que costuma presentear os seus passageiros, transformando os aviões em verdadeiros planadores, no momento dessa manobra, com o intuito de poupar algum combustível e com claro prejuízo para o conforto físico e psíquico dos passageiros.
No entanto, poucos minutos após ter tocado o solo, sã e salva, esqueci-me rapidamente dessa chatice. Em plena zona de chegadas do aeroporto quase que choquei de frente com o responsável mais direto das sensações inebriantes descritas acima, o piloto da aeronave. Refiro-me a um belo exemplar irlandês, alto, espadaúdo, com aquela barba de meia dúzia de dias, impecavelmente fardado e com um olhar maroto absolutamente delicioso. Confesso, na verdade, que fiquei cheia de vontade de experimentar outro tipo de descolagens e aterragens com esta companhia aérea e este piloto, mas sem avião…